Ferrari escapa da primeira fase da nova lei sobre emissão de carbono
Foto: Reprodução

As marcas de automóveis de luxo mais requintadas da Europa como Ferrari, McLaren, Koenigsegg, Pagani, Lotus e Donkervoort, respiraram aliviadas por não caírem na malha fina da emissão de carbono. Todas elas foram recentemente poupadas de uma restrição proposta pelo Parlamento Europeu, tudo devido ao seu modelo de negócio.

Enquanto as gigantes fábricas de carros populares, que trabalham por volume, passarão a obedecer as novas leis e deverão produzir apenas carros com emissão zero de CO2 a partir de 2035, as montadoras de carros de luxo, criadas para produzir em pequena escala, poderão continuar utilizando motores de combustão interna, isto é, emitindo carbono, por tempo indeterminado.

Jan Huitema, um dos principais negociadores dentro do Parlamento Europeu disse em comunicado: 

“O regulamento incentiva a produção de veículos de emissão baixa e zero. É uma revisão ambiciosa das metas para 2030 até chegar a zero em 2035. Porém, o crucial será alcançar a neutralidade climática até 2050”.

A aprovação formal destas leis, embora já acordadas pelo Parlamento Europeu desde o ano passado, aguarda a assinatura do Conselho da União Europeia nos próximos dias.

As montadoras de carros de primeira linha, que trabalham com menos de 1.000 vendas ao ano (considerando apenas Europa), ficarão isentas mediante comprovação formal de que estão desenvolvendo novas tecnologias para melhorar e minimizar suas emissões.

Em uma segunda fase, com leis que começarão a valer a partir de 2035, a Ferrari escapa por pouco. Nela, fábricas que comercializam entre 1.000 e 10.000 carros na Europa por ano, deverão eliminar os automóveis com CO2. Porém, embora a Ferrari tenha produzido e vendido 13.221 carros em 2022, apenas 5.958 faziam parte da EMEA (Europa, Oriente Médio e África). 

Uma declaração feita pela McLaren, já deixa a intenção de comprometimento com as leis, mesmo tendo vendido apenas 1.395 esportivos na Europa no último ano:

“A legislação da UE reconhece as  circunstâncias únicas para fabricantes de pequenos e ultrapequenos volumes e permite flexibilidades antes de 2035 se o fabricante concordar com um plano claro de redução de CO2 com a UE”.

No que diz respeito às vendas, a Porsche já pode ser considerada uma fabricante convencional, com mais de 309.884 modelos correndo pelo Velho Continente, e deverá fazer diversas mudanças em modelos consagrados.

Especialistas apontam que essas novas leis dificultam as transações e apenas promovem a busca das montadoras por saídas para burlar as barreiras e ficar abaixo das 10.000 vendas. Ganhando assim um fôlego até 2035.

Segundo o presidente da ESCA, Federico Righi, essa grande diferença de tratamento entre as montadoras pode ser explicada:

“O setor de fabricantes baixo volume (Ultra Small Vehicle Manufacturer) é afetado estruturalmente por mudanças regulatórias contínuas, enquanto os fabricantes de grande volume podem se beneficiar de economias de escala para recuperar os investimentos necessários para a mudança tecnológica, o que é um desafio para os pequenos produtores, que registram quantidades significativamente menores de veículos por ano na UE”.

Segundo Righi, o objetivo é também incentivar a pesquisa de novas tecnologias menos poluentes no setor:

“Os fabricantes de escala reduzida produzem e exportam para todo o mundo alguns dos veículos mais icônicos, desejáveis ​​e inovadores. O volume de negócios total combinado dos nossos membros tem um valor superior a 2 bilhões de euros, enquanto os gastos em pesquisa e desenvolvimento dos membros da ESCA ultrapassam os 200 milhões de euros, e assim continuamos a abrir novos caminhos na especialização da indústria e no desenvolvimento de novas tecnologias”.

As novas leis europeias podem deixar o mercado de carros elétricos de luxo ainda mais exclusivo, então aproveite essa valorização e venha conhecer as Ferraris mais elegantes do Brasil na PDKMotors. Confira nosso estoque acessando o site oficial.

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